O médico que prestou assistência a uma paciente de Cabo Frio que teve um inseto no ouvido por mais de 24 horas conversou com o G1 e explicou os riscos associados a esse incidente, bem como os procedimentos necessários. Imagine acordar com uma barata no ouvido enquanto dorme. Essa foi a experiência angustiante enfrentada por Aline Lopes, moradora de Cabo Frio, no último fim de semana.
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A professora Aline Lopes suportou mais de 24 horas com o inseto alojado em seu ouvido, visitando várias unidades de saúde em busca de ajuda, até que finalmente recebeu atendimento do Dr. André Defaveri, médico de uma clínica particular, que se sensibilizou com sua situação.
“Durante minha carreira, atendi diversos casos, tanto de pessoas que podem pagar pelos serviços quanto daquelas que não podem. Todos recebem o mesmo tratamento. Sinto-me gratificado e feliz quando consigo ajudar alguém de forma gratuita e resolver o problema pelo qual me procuraram. No caso de Aline, minha motivação para a consulta foi a situação dela e o apelo de uma amiga”, acrescentou o médico.
Quais são os riscos e como proceder? Mesmo que o inseto seja pequeno, sua presença no ouvido pode causar considerável desconforto. O G1 consultou o Dr. André Defaveri para obter orientações sobre os procedimentos adequados a serem seguidos e os riscos associados à saúde do paciente.
“Quando ocorrer a entrada de um inseto no ouvido, a primeira medida a ser tomada é preencher o ouvido com algum líquido, como água, vaselina líquida ou um medicamento, e manter o ouvido virado para cima até que o inseto pare de se mover, indicando seu afogamento. É fundamental não entrar em pânico e buscar um otorrinolaringologista, evitando tentativas caseiras de remoção ou visitas a pronto-socorros que não disponham do material adequado”, orientou o médico.
“Às vezes, o médico pode querer ajudar, mas não dispõe do equipamento apropriado para remover o inseto ou outro objeto estranho do ouvido. Essa mesma abordagem deve ser adotada em casos envolvendo crianças, evitando qualquer tentativa de remoção em casa”, complementou. Em relação aos riscos de infecção, o médico esclareceu que os perigos variam de acordo com cada caso.
“De fato, existem riscos quando um inseto entra no ouvido de uma pessoa, como a perfuração do tímpano, infecções graves, inchaço e dor intensa. No entanto, quando o médico realiza o procedimento para remover o inseto, são tomadas todas as precauções de assepsia necessárias.
São aplicados medicamentos que eliminam possíveis germes que o inseto possa ter introduzido. Em situações, por exemplo, em que um besouro entra no ouvido, isso pode causar grande desconforto e até perfurar o tímpano”, explicou.