A Polícia Civil de Roraima está investigando a morte de uma mulher que chegou sem roupas e com marcas de lipoaspiração ao Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, na noite da última quarta-feira, 2 de agosto.
A vítima foi identificada como Alzenir Vitor da Silva, de 45 anos, que foi levada até a unidade de saúde por um homem cuja identidade ainda não foi confirmada.
De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar (PM), Alzenir deu entrada no hospital em estado gravíssimo. A equipe médica tentou reanimá-la, mas, infelizmente, não obteve sucesso. O falecimento foi registrado às 23h28.
A médica que realizou o atendimento informou à PM que o corpo da vítima apresentava diversas marcações que indicavam planejamento para um procedimento cirúrgico, como lipoaspiração. Além disso, ela destacou que algumas dessas marcas tinham aparência semelhante a perfurações por arma de fogo, o que chamou a atenção.
Policiais que estavam de plantão no hospital relataram que o homem que levou Alzenir até a unidade demonstrava muito nervosismo. Ele pediu uma cadeira de rodas para retirar a mulher do carro, forneceu os dados pessoais dela na recepção e afirmou que estava realizando uma massagem nela quando ela começou a passar mal e pediu água. Logo depois, ele deixou o local sem dar mais explicações, o que levantou ainda mais suspeitas.
Pouco tempo depois, uma amiga da vítima, que trabalha como massagista, apareceu no hospital e conversou com os policiais. Ela contou que Alzenir havia mencionado que faria uma lipoaspiração, mas que não pretendia contar para a família.
Segundo a amiga, o procedimento estava marcado para aquela mesma noite e aconteceria em uma residência simples, sem qualquer estrutura de clínica. A amiga forneceu o endereço à PM, que foi até o local.
No imóvel, os policiais encontraram diversos materiais usados em cirurgias, como bisturi, roupas cirúrgicas e outros instrumentos. O ambiente reforçou as suspeitas de que o procedimento foi realizado de forma clandestina, sem condições adequadas e sem suporte médico adequado para emergências.
Após a constatação do óbito, a equipe médica acionou o Instituto Médico Legal (IML), que fez a remoção do corpo. Segundo o relato hospitalar, a paciente chegou em franca parada cardiorrespiratória e apresentava sinais de ter passado por uma cirurgia recente. Todos os procedimentos de reanimação foram realizados, mas infelizmente, Alzenir não resistiu.
O caso está sendo tratado com prioridade pela Polícia Civil, que busca identificar o homem que a levou ao hospital e apurar as circunstâncias em que o procedimento foi realizado, além de investigar se há outros envolvidos na realização da cirurgia clandestina.
