Durante a gestação, o corpo da mulher passa por uma série de transformações fisiológicas para sustentar o desenvolvimento do feto. Entre essas mudanças, o sistema cardiovascular é um dos mais exigidos, o que pode desencadear alterações preocupantes, como o aumento da pressão arterial, arritmias cardíacas e sobrecarga do ventrículo esquerdo — parte do coração responsável por bombear o sangue para o corpo todo.
De acordo com especialistas, essas condições, quando não monitoradas adequadamente, podem comprometer a circulação materno-fetal, afetando diretamente o fluxo sanguíneo que leva oxigênio e nutrientes ao bebê.
“Durante a gestação, o coração precisa trabalhar mais para suprir a demanda do organismo da mãe e do feto. Se surgem problemas como hipertensão ou arritmia, isso pode impactar a oxigenação do bebê e trazer riscos tanto para a mãe quanto para a criança”, explica um cardiologista.
Apesar de os detalhes clínicos do quadro da apresentadora mencionada não terem sido divulgados, o caso reacende o alerta sobre a importância do cuidado cardíaco durante a gravidez.
O cardiologista reforça que, mesmo em gestantes sem histórico prévio de problemas no coração, o acompanhamento cardiológico pode ser fundamental para prevenir complicações graves, como pré-eclâmpsia, insuficiência cardíaca gestacional e parto prematuro.
Segundo o especialista, incluir a avaliação da saúde cardiovascular no pré-natal deve ser uma prática cada vez mais comum, especialmente em mulheres com fatores de risco, como idade acima de 35 anos, sobrepeso, histórico familiar de doenças cardíacas ou gestação de gêmeos.
“A gestação é um período delicado, e o coração da mulher é colocado sob grande exigência. Por isso, o monitoramento é essencial para garantir uma gestação mais segura”, afirma.
Além dos exames ginecológicos e obstétricos de rotina, avaliações como eletrocardiograma, ecocardiograma e monitoramento da pressão arterial são ferramentas importantes para identificar precocemente qualquer alteração que possa comprometer o bem-estar da mãe e do bebê.
O caso serve como lembrete de que cuidar do coração não é apenas uma medida preventiva para o futuro, mas uma necessidade urgente que pode influenciar diretamente na saúde de duas vidas durante os nove meses de gestação.
