Na tarde desta terça-feira (2), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará um pronunciamento em rede nacional, diretamente do Salão Oval, na Casa Branca. A fala está marcada para às 14h em Washington — 15h no horário de Brasília.
A informação foi confirmada por Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, que classificou o momento como um “anúncio emocionante” relacionado ao Departamento de Defesa, sem revelar maiores detalhes. A declaração, no entanto, já foi suficiente para aumentar a expectativa.
Curiosamente, o discurso acontece no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começa a ser julgado no Brasil. A coincidência chamou a atenção da imprensa internacional, já que Trump e Bolsonaro foram diversas vezes retratados como figuras políticas alinhadas e até “irmãos ideológicos”. Há quem especule que o norte-americano possa soltar alguma referência indireta ao brasileiro.
O suspense ganhou mais força após o tabloide britânico The Mirror levantar rumores sobre a saúde de Trump. Embora ele negue problemas graves, qualquer boato se espalha rapidamente em ano eleitoral. Seus apoiadores garantem que tudo não passa de fake news e reforçam que ele está preparado para disputar a presidência novamente.
De acordo com o U.S. News & World Report, a expectativa é de que Trump aborde a economia, com destaque para a possibilidade de impor novas tarifas sobre medicamentos importados. O tema é polêmico, pois afeta diretamente famílias de classe média e idosos que dependem de remédios caros, um problema recorrente na sociedade americana.
Outro ponto que pode aparecer em sua fala é a relação delicada com a Venezuela. O governo de Nicolás Maduro voltou a ser alvo de críticas em Washington, após denúncias de violações de direitos humanos e movimentações militares na fronteira. Trump, que sempre cultivou uma imagem de líder rígido em política externa, pode aproveitar para reforçar essa postura.
Esse discurso ocorre em meio a um cenário internacional marcado por tensão: a guerra na Ucrânia continua sem solução, Israel e Palestina vivem novos confrontos, e o preço do petróleo oscila ao sabor das declarações de líderes globais. Qualquer frase dita por Trump pode repercutir nos mercados e influenciar o tabuleiro geopolítico.:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/Q/c/MA4TgLTmKXbNAyOcK0Uw/arte-2025-05-22t215845.991.png)
Enquanto isso, no Brasil, a coincidência entre a fala de Trump e o julgamento de Bolsonaro já virou motivo de piadas nas redes sociais. Usuários comentaram que o americano estaria “mandando energia” para o brasileiro. Para outros, trata-se apenas de mais um capítulo da relação de espelho entre os dois ex-presidentes.
A imprensa americana mantém o clima de mistério. Nem os assessores mais próximos confirmaram o conteúdo exato do pronunciamento. Mas quem acompanha Trump sabe que ele costuma misturar frases de impacto, improvisos calculados e um estilo populista que agrada sua base e incomoda os críticos.
No fim, o mundo vai parar por alguns instantes para ouvir. Seja por um anúncio de peso na área de defesa, seja pela expectativa de uma indireta ao Brasil, uma coisa é certa: Trump domina a arte de transformar qualquer discurso em espetáculo midiático.
