Após vizinhos notarem odor de carne podre polícia encontra cativeiro com crianças e…ver mais

Na madrugada de quinta-feira (2), na cidade de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram encontrados pequenos compartimentos com camas, sugerindo a possibilidade de um cativeiro de crianças. Paralelamente, uma família, supostamente mantida em cárcere privado, foi descoberta no mesmo local. A Polícia Militar foi acionada pela advogada Andrezza Araújo, representante legal de Katia Cristina, mãe dos meninos resgatados em estado de desnutrição e trancados em um apartamento no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte.

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A PM foi até o terreno na manhã seguinte após receber a denúncia da advogada. Moradores locais e a defensora relataram um forte odor que levantou suspeitas, e a Polícia Civil foi chamada anteriormente para investigar o local. A informante indicou a existência de um compartimento fechado com telhas, onde outras crianças poderiam estar retidas, especialmente porque no mesmo local um menino de 4 anos foi espancado e morto. Ao chegarem, os agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) encontraram os compartimentos com as camas.

Durante a madrugada, cerca de 20 policiais militares realizaram buscas em todo o terreno, apesar da baixa visibilidade. Contudo, devido às condições e à suspeita de um corpo na área, uma nova busca com cães farejadores foi solicitada ao amanhecer. Para preservar a cena, os militares permaneceram no local durante toda a noite. Durante a operação, a manicure Viviane do Nascimento Pereira Santos, de 29 anos, acompanhou a polícia militar, sendo uma das vizinhas que denunciou e auxiliou no resgate dos dois garotos em Belo Horizonte.

Ainda abalada, ela compartilhou sua experiência perturbadora: “Nunca vi algo tão terrível. Foi horrível. Saí daqui à meia-noite e só cheguei em casa às 4h. Quanto mais eu andava pelo sítio, mais coisas eu encontrava”. Segundo uma fonte próxima à investigação dos crimes, que preferiu manter-se anônima por questões de segurança, as crianças resgatadas do cativeiro em um apartamento na região Noroeste de Belo Horizonte estão sendo mantidas no hospital por vários dias para passarem por um processo de reabilitação alimentar. Os irmãos, de 6 e 9 anos, foram hospitalizados em uma unidade de saúde na capital mineira em 21 de fevereiro, após apresentarem sintomas de desnutrição.

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