Na última segunda-feira (28), uma imagem simples publicada nas redes sociais chamou a atenção por sua delicadeza e simbolismo. Sandra Gadelha, mãe da cantora Preta Gil, apareceu pela primeira vez desde o falecimento da filha, em uma foto compartilhada por Jude Paulla, amiga próxima da família.
No registro, Sandra surge sentada à mesa, com semblante calmo, aparentemente após um almoço tranquilo. A imagem, embora discreta, ressoou profundamente entre os admiradores da família Gil, que ainda vivem o luto pela perda da artista.
A legenda da publicação revela a atmosfera do encontro: “Hoje almocei com draozinha! Conversamos muito, lembramos o tempo todo do nosso grande amor.
Ela está bem amparada e mais reservada”, escreveu Jude, usando um apelido carinhoso para se referir à matriarca. A postagem rapidamente ganhou repercussão, especialmente entre os que acompanham de perto o sofrimento da família após a partida de Preta, em julho, vítima de um câncer contra o qual lutou com bravura por mais de dois anos.
Uma vida marcada por perdas, mas sustentada por força e fé
Sandra Gadelha viveu intensamente ao lado de Gilberto Gil, com quem foi casada entre 1969 e 1980. Juntos, tiveram três filhos: Pedro, Preta e Maria. A família enfrentou períodos difíceis, incluindo o exílio em Londres durante a ditadura militar.
Em 1990, Sandra sofreu a perda do filho Pedro, vítima de um acidente de carro — uma dor profunda que deixou marcas indeléveis. Agora, décadas depois, a morte de Preta reabre feridas antigas e traz à tona um luto silencioso, mas carregado de significado.
Apesar de todas as perdas, Sandra sempre foi reconhecida pela força e espiritualidade. Preta Gil nunca deixou de homenagear a mãe, ressaltando sua capacidade de resiliência e a sensibilidade com que encarava a vida.
Em março de 2024, no aniversário de Sandra, Preta emocionou os seguidores ao citar a música “Drão”, composta por Gil especialmente para ela — uma canção que virou símbolo de sua trajetória.
A foto publicada por Jude não é apenas um retrato de uma mulher à mesa, mas um registro de continuidade em meio à ausência. Num tempo de imagens produzidas, aquele clique silencioso toca justamente por mostrar alguém que sente, mas segue. E, nesse momento, talvez não haja mesmo muito o que dizer — apenas sentir.