A bebê que faleceu após receber uma injeção de dipirona teve seu corpo removido durante o velório para realizar exames no Instituto Médico Legal (IML) em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. A família, originária de Porangatu, estava velando o corpo na manhã desta terça-feira (08), e viajou até Trindade para que os avós da bebê pudessem conhecê-la.
A família registrou um boletim de ocorrência também nesta terça-feira (8) após a morte da criança. A delegada responsável pelo caso, Cássia Borges, decidiu interromper o velório após a denúncia, solicitando que a equipe do IML de Goiânia fosse até o município para recolher o corpo e realizar o exame cadavérico, que apontará a causa da morte.
O IML informou à TV Anhanguera que o corpo deve ser liberado ainda nesta terça-feira (8) para que a família possa dar continuidade ao velório e proceder ao enterro. A delegada destacou que o laudo do exame terá um prazo de até 60 dias para ser entregue.
Conforme a família, a menina foi diagnosticada com a doença “mão-pé-boca”, e entre as prescrições, a médica recomendou o medicamento para ser injetado. No entanto, a enfermeira não encontrou a veia e solicitou a aplicação no músculo, sendo autorizada. A situação resultou em uma ferida com secreção no local da aplicação, e a condição da menina piorou, levando à sua morte na segunda-feira (7).
Um boletim médico indicou que Ayslla faleceu por insuficiência respiratória e choque séptico, sendo a injeção aplicada considerada como contribuinte para o óbito. A delegada Cássia Borges explicou que será realizada uma perícia no corpo da bebê, e o caso está sob investigação.
Em nota, a Prefeitura de Trindade informou que instaurou uma sindicância administrativa interna, junto ao Núcleo de Segurança do Paciente, para averiguar se ocorreu “algum equívoco na assistência prestada à paciente em relação às prescrições e modo de administração de medicamentos”. Adicionalmente, destacou que a equipe envolvida no caso foi afastada de suas atribuições na UPA 24h até a conclusão das investigações.
